Pedro Caixinha não cansa de incomodar e volta a cobrar o Santos
No dia 14 de abril o Santos oficializou a demissão de Pedro Caixinha, façanha comemorada por torcedores alvinegros. O problema é que o técnico português acionou à Fifa para que os valores referentes à multa rescisória sejam depositados em sua conta. Sobretudo, o comandante alega má fé do clube paulista ao confirmar o consenso no encerramento da parceria.
Em síntese, Pedro Caixinha exige o pagamento integral de cerca de 3 milhões de euros (o equivalente a R$ 15 milhões na cotação atual) junto ao Santos. Isso porque o português declarou à entidade máxima do futebol ter sido vítima de uma rescisão unilateral, assinada apenas pelo alvinegro paulista. Por sua vez, o Peixe contesta a fala do treinador, buscando uma forma de minimizar o atrito.
Os planos da cúpula santista incluem o pagamento da multa de forma parcelada, a ser pago até o fim do atual mandado da gestão (dezembro de 2026). Em contrapartida, os empresários de Pedro ameaçam recorrer à Fifa para que o transferban seja aplicado contra o Santos. Assim, uma nova dor de cabeça para o alvinegro seria evidenciada em meio ao descenso no clube na atual temporada.
Rescisão de Pedro Caixinha foi publicada
No dia 29 de abril, os nomes de Pedro Caixinha e dos auxiliares Pedro Malta, José Belman e José Oliveira foram regularizados no BID (Boletim Informativo Diário da CBF). A façanha possibilitou que Cleber Xavier fosse anunciado como treinador de Neymar e companhia. Para se resguardar de quaisquer acusações, o presidente do Peixe, Marcelo Teixeira, explicou que não uso de má fé na tomada de decisões.
“Houve um entendimento do Caixinha, já no BID, já da CBF ter colocado no BID, pudesse ter sido uma maneira diferente então não houve acordo, houve judicialização. Nos reiteramos que não, tem a negociação em curso, queremos que haja o acordo de parcelamento. A intenção é que essas parcelas acabem dentro do meu mandato. Não farei com que nenhum tipo de dívida ou processo existe no meu mandato ultrapasse meu mandato”, explicou em entrevista ao ‘De Primeira’, da UOL.
Diante do entrave público criado, Pedro Caixinha encerrou sua passagem pelo clube paulista com 18 jogos comandados. Nesse ínterim, acumulou sete vitórias, quatro empates e sete derrotas, além de 30 gols marcados e 22 sofridos. Com um aproveitamento de 46%, o português chegou à semifinal do Campeonato Paulista, sendo derrotado pelo Corinthians.